Inconsequente.


Essa dor que eu transformo em poesia.
Poesia esta que um dia irei lembrar.
Lembrar de momentos dolosos.
Dolosos estes que me fizeram cantar.

Uma canção diferente, pois ninguém pode escutar.
Escutar meu coração batendo, num gesto de querer parar.
Parar de sofrer dessa maneira.
Maneira que não tem como escapar.

Escapar de um sentimento duvidoso.
Duvidosa eu me pego a pensar.
Pensar em uma coisa chamada amor.
Amor este que não mais me fara penar.

Penar de uma maneira inconsequente.
Inconsequente olhando para o mar.
O mar que leva minhas mágoas.
Que para todo sempre irão afundar.

Deserto.



Prometi parar de você escrever.
Com teu sangue, em minha pele.
Concordei comigo em não mais sofrer.
Por esta dor que por alguma razão, não mais me fere.

Cumprindo o impossível de esquecer.
Ouvindo cada pensamento que por ti se refere
Um sentimento que não consigo conter.
Um amor por você que me persegue.

Não mais ao meu ser, mentiste.
E o que um dia fora ilusão.
Outrora não mais existe.

Peregrinando num deserto triste.
Uma alma busca seu caminho na escuridão.
Trocando os passos diante de alguma razão.