Reflexões de uma noite


De que adianta deitar e não querer dormir, virar de um lado para o outro. Cada vez que fecho os olhos em vez de sonhar me pego pensando mais e mais.
Um mundo novo se faz em minha mente posso até voar se quiser, mas estou acordada, sei que não é possível, então volto à realidade, volto ao meu quarto escuro, que escuro permanece. Escuro e sem vida, escuro e com uma vida, a minha vida. Que não vivo plenamente, mas vivo.
Faço coisas que eu gosto, mas não tudo o que eu gosto. Ninguém faz tudo o que gosta. Sempre temos que abandonar algo ou alguém ou várias pessoas. Eu abandonei, mas não por completo, não da pra abandonar alguém completamente, sobram sempre lembranças do nosso passado, pessoas que se foram, mas que permanecem em nosso pensamento em nosso coração.
Coração este que às vezes têm vontade própria e nos ridiculariza para nosso pensamento. Pensamento este que nos da à capacidade de julgar nossos atos, mas que sem querer – ou por querer mesmo – julgamos atos de pessoas alheias.
E cansada de pensar me levanto e tento refazer minha vida para ver onde e o que vou mudar. Não, nada, nada aqui também. Em tão pouco tempo de vida já vivi o bastante. Bastantes amores, amizades, bastantes paixões insignificantes e algumas decepções enlouquecentes. Mas se me perguntar o que faço de emocionante fico muda, muda como um disco, um disco que tem conteúdo, mas não tem como mostrá-lo sozinho.
E me pego a escrever, sim, o meu maior prazer, já que não tenho com quem conversar, o papel é meu mais fiel amigo, ele sabe guardar segredos se for bem guardado, ele sabe espalhar boatos se for bem divulgado e ele sabe apagar memórias se for bem rasgado. Ficaria a noite falando de meu amigo, mas preciso continuar. Não sei onde vou chegar, mas no mesmo lugar não quero ficar. Não sei o que vou encontrar, mas caminhando eu irei descobrir e talvez, me maravilhar.
Retorno ao meu primeiro pensamento, não, não consigo me lembrar, é tanta coisa que passa em mente, que não tem como recordar, não escrevo tão rápido a ponto de anotar as coisas que vem e vão, não tem como parar. Se um dia eu parar, creio eu que não vou gostar, minha ideias não vão se renovar, eu não vou imaginar, não mais vou me maravilhar e tristemente não mais vou criar.

3 )*Comentários.:

Anônimo disse...

Roh perfeito !
Adorei o texto,me surpriende mais a cada palavra escrita !
abraços

Eduardo disse...

Haja criatividade
Consegui ler tudo *-*
Nessa você se superou :D

Rafael de Oliveira Ramos disse...

Texto muito lindo Roh!! cativante e bonito!! parabéns!! ;)