Minta para mim.



Não tem como explicar.
É uma dor vazia.
Um sentimento de solidão.
Um nó prezo em minha garganta.
Uma vontade de gritar.
É tudo mentira!
Eu vou te encontrar.
E vai tudo voltar ao normal.
Um sonho ruim que eu sonhei essa noite.
Deste pesadelo quero acordar e não mais lembrar.
Alguém diga para mim que nada disso é verdade.
Alguém minta para mim.
Faça aliviar minha dor.
Alguém por favor me abrace.
E seque minhas lágrimas.
Quero fechar os olhos e quando abrir quero a encontrar.
Em um lugar lindo.
02/10/2011

Sentido.


Ele corre, transpira e morre.
Sem se importar com nada.
Ele foge.
Um caminho incerto ele escolhe.
Sem olhar para trás percorre.
Um sonho ele busca.
Atrás de algum consolo caminha.
Sem ter pra onde ir ele grita.
Grita no silêncio da noite.
Noite que conforta teus medos.
Por um abraço ele suplica.
Em vão por que está sozinho.
Sozinho em meio ao vazio.
Vazio de tua mente.
Uma estrada ele encontra
A direção ele segue.
Enfim avista a saída.
De mais um pesadelo desperta.

Utopia.


Quando acordar deste pesadelo
E olhar pela janela a procura de algum consolo.
Verás somente o vazio de tua mente insana.
Serás perseguido pelo teu medo.
Terás que suportar o pior.
E nada no mundo irá aliviar tua dor.
Teus olhos verão o lado mais sombrio do mundo.
Tuas mãos irão tentar se agarrar em algum sonho.
E teus pés tentarão correr
Mas tu sabes que é em vão.
Sabes que está preso nesta agonia.
Enquanto viver.
Terás que se conformar com o destino.
E quando morrer.
Vai desejar ter de volta todo o alívio que nunca apreciou.

Sangro.

Eu sangro.
E com força aperto
A rosa que me dera
E que os espinhos esquecera de tirar. 
Eu grito.
Grito cada vez mais alto
Para que saia de uma vez por todas
Esse ódio que levo preso em mim.
Eu rio.
Rio como uma tola
Tentando acreditar que tudo vai ficar bem.
Eu choro.
Choro de desgosto
Para aliviar este nó
Que insiste em ficar preso em minha garganta.
Eu deito.
Deito no sono eterno
No qual enfim descansarei em paz.

Não Mais.


Ela não mais quer lutar.
Não mais quer viver.
Não mais quer sorrir.
Num mundo onde só a querem usar.
Ela não mais quer estar.
Não mais quer correr.
Não mais quer sentir.
Um sentimento que só a faz sofrer.
Ela não mais quer lembrar.
Mas ela não consegue esquecer.
Tampouco consegue fugir.
Em um vazio eminente parece estar.
Presa pela garganta sem ter como respirar.
Calada solta um suspiro como quem quer gritar.
Uma lágrima ela sente escorrer.
Ela não mais pensa em agir.
É permitido morrer
Ou terá que continuar a fingir?

Sem vida.


Sinto minha respiração querendo parar.
Minha vida querendo ir para não mais voltar.
Quando penso que acabou.
A solidão traz de volta a agonia.
E a dor que me faz sufocar.
Como fazer alguém entender.
Essa minha vontade de querer morrer.
De simplesmente querer esquecer.
Meu coração bate rápido e sem vida.
Como se fosse o último pulsar.
Meus olhos não mais enxergam,
Não mais sei o que é contemplar.
Posso ouvir, não mais sei o que é escutar.
Eu penso e reflito
Mas não lembro como é amar.